[Chegada] A Chegada

Observação:

O jovem deparou-se com toda a grandeza daquele edifício, a supremacia e o poder que transbordava eram avassaladores e amedontravam qualquer um com uma mente fraca, no entanto, o jovem parecia olhar de modo diferente para o local, ele admirava o charme de tudo aquilo, pelos vistos. Os guardas, por sua vez, viram apenas um homenzinho aproximar-se, para eles, não apresentava nenhum tipo de ameaça, ao ver deles, era um simples cívil, talvez tivesse procurando alguém para lhe esclarecer alguma dúvida, por isso dois deles decidiram dirigir-se a ele. Possuíam o traje normal de um cavaleiro, era o turno deles para proteger a entrada, eram ambos homens e possuiam uma estatura normal, não se mantiveram, apenas prosseguiram e confrontaram o homem com confiança e algum desinteresse:
- Aí, você, deseja algo? Se perdeu? - perguntou o cavaleiro da direita segurando a sua lança enquanto o outro apenas observava de braços cruzados, ele até bocejou, mas disfarçou um pouco colocando a mão na frente da sua boca.

NPCs:

- Com que então é novato, ham? - pergunta, desta vez, o segundo cavaleiro que parecia ainda mais entediado do que antes, ele falava apenas por falar, não tinha nenhum interesse no jovem, no entanto, o primeiro cavaleiro continuou falando sem parar para pensar no que o seu companheiro falou, bateu ligeiramente com a ponta inferior da lança no chão e, proferiu com confiança e uma força de vontade estranha para a situação:
- Ótimo! Como eu amo ver jovens interessados na magia! Enche-me de alegria, venha, venha, eu ajudo você! - este gritava, sem querer, devido à emoção que sentia, só não chorou, porque iria parecer um pouco mau ver um "bravo" cavaleiro como ele daquela forma. O cavaleiro tentou segurar o braço do sujeito e trouxe-o consigo, começou a caminhar para o interior do conselho, ele ia na frente, puxando o indivíduo enquanto o segundo cavaleiro caminhava, distraído com a meleca do seu nariz, atrás dos dois. Assim que alcançaram uma das entradas, as altas e fortes portas de metal se abriram com um enorme empurrão, bateram até contra as paredes libertando um estrondo enorme, quem é que faria algo assim?!
- Bom dia meninos! Como é que vocês estão? Têm trabalhado duro, têm, têm, têm? - refilava a pessoa que abrira as portas, era uma criança, ou pelo menos aparentava sê-lo, com curtos cabelos cor de rosa, uma pele muito clara e um semblate completamente inocente e, agradável.
- B-bom dia! - disseram os dois fazendo contiência, nervosos, o primeiro cavaleiro largou o sujeito e o segundo largou a meleca, eles ficaram assustados, eles respeitavam muito a garota, a razão, pelos vistos, era desconhecida. - E quem é esse aqui? Olá, eu sou a Megumi, muito, muito, muito prazer! - fez um sorriso bastante alegre, em excesso dependendo da opinião de cada um. Os cavaleiros informaram-na segundo o que o mago novato falou e, esta, por sua vez, assumiu o controlo da situação, dispersando os demais:
- Ah, percebi tudo, tudo, tudo! Eu ajudo você, quer se alistar ao nosso exército ou, quer se tornar um mago independente, dente, dente... dente? Hahahahahaha! - as gargalhadas finas da mocinha eram altas e estridentes, irritantes para muitos, no entanto, ninguém se arriscava a falar algo.

NPC:

- Um... mago, ago, ago, gago? Hahahaha! - questionou a garota de forma irónica, ela sempre repete algo nas suas frases, era a sua imagem de marca, depois de repetir fazia piadas com o que restava, muitas das vezes, os cavaleiros viam-se obrigados a rir, isto é, se não queriam sofrer as consequências da sua ira. No entanto, a garota parecia não ter nem um pingo de ravia no seu pequeno e, aparantemente, frágil corpo, contudo, isso não era motivo para que todos ao seu redor a temessem, o seu poder era enorme e isso era de louvar, visto que abriu aquelas portas maciças, como se estivesse brincando com um pedacinho de papel. Assim que parou de gargalhar com a sua própria piada, esta voltou a dirigir-se ao jovem, caminhando novamente para o interior do conselho, como se o obrigasse a acompanhá-la de forma simpática.
- Eu ajudo-te! Bom, já que queres ser um mago... tens que provar ser merecedor, recedor, recedor, receptor! Hahahahaha! - o seu riso assemelha-se ao pedido de socorro de várias pobres almas em agonia, os cavaleiros que estavam no interior até se arrepiavam, esta, por sua vez, não reparava em nada e deu um pequeno tapa na coxa esquerda do rapaz, brincando com ele.
- O seu objetivo, pelo que percebi é ser um andarilho então, certo? Eu sabia! Sabia! Você vai ser um mago independente, quer dizer, se passar no... pequenino teste que tenho para você! Acha que é capaz... capaz, capaz, capaz? Capataz?! Hahahaahahha! - esta, parou em pleno salão do Conselho, os guardas olhavam amedrontados para a situação, o clima parecia ter mudado completamente de figura, o ar era difícil de respirar, a tensão era avassaladora, Megumi, por sua vez, era a causa disto, ela haveria parado de sorrir, olhou para cima, encarando o jovem nos olhos. Uma aura esbranquiçada envolveu o seu pequeno corpo, o olhar dela era mortífero e parecia estar pronto a esmagar qualquer um presente naquele lugar.
- Andarilho... acha que consegue? Acha que tem o que precisa? - deu dois passos na direção do sujeito - Eu acho... que você está tonto... tonto, tonto, tonto? Morto!
Numa velocidade impressionante, a miúda pula, agarra a gola da camisa do garoto sonhador e volta ao chão, trazendo-o com ela, aí, ela segura-o próximo à sua face, apertando cada vez mais. As costuras da camisa pareciam estar chegando ao limite, entretanto, ela limitou-se a encarar os olhos dele, sem piscar, ficando especada a apenas 5 centímetros de distância.

NPC: