[Entrada-2] Annie Bell

(off: Sou muito ruim em "criar" títulos ;-;)

Ao entrar lá dentro eu já não estava com medo igual lá fora, talvez o conselho seja do bem... sempre existe a chance daquele prisioneiro ter mentido. Eu fui andando até chegar a uma parte que eu podia ouvir alguma coisa, então ou eu estava ficando louca ou tinha alguém por perto.
-Tem alguém aí? Meu nome é Annie... e bem... eu acho que tenho que trabalhar aí... -Eu falei baixo e completamente desanimada.
-Espera... e se eles não me deixarem trabalhar lá por verem que eu não estou animada com isso?! - Eu pensei e bati a minha mão na cara, ninguém estava vendo mesmo.

Então dessa vez eu falei alto e com ânimo:
-Ei! Alguém está me ouvindo? Eu sou Annie Bell, vim para servir ao Conselho fazendo parte da cavalaria.
Eu não sei bem o porquê de que eu expliquei que era para fazer parte da cavalaria, mas acho que assim talvez fique menos falso o que eu disse.

Assim que pisou para dentro do prédio a jovem reparou que o local estava completamente lotado, pessoas e seres dos mais variados aspectos caminhavam por ali, escadarias dariam acesso aos andares da construção, lustres iluminavam cada ponto do salão e um imenso globo centrava-se na recepção do local onde alguns balconistas davam prosseguimento ao seu trabalho. O conselho sempre fora o órgão que cuidou dos mais variados assuntos em Fiore, já era de se esperar que o mesmo tivesse um sistema totalmente organizado e agisse em diversos setores.

Um imenso corredor se abria a direita, ficando logo abaixo da escadaria que levaria ao acesso dos elevadores e os setores do local, por ali ficaria o salão comunal dos cavaleiros; podia-se notar uma diversidade deles marchando para fora.

A ruiva por ventura gritava por ali, chama a atenção de algumas pessoas, mas rapidamente era ignorada; todos já estavam acostumado com a loucura de alguns que ora passavam por ali. Tudo foi quebrado quando um homem depositou sua mão acima do ombro da jovem. - Olá Anibell... - Um homem que portava um cigarro sobre seus lábios encarou a mesma, sua aparência não era das melhores, porem ele trajava um distintivo do conselho em seu peito, alem disso mantinha uma marca da cruz azulada sobre as costas de sua mão. - Me chamo Sasazaki, prazer... Ãh, por obséquio, a senhorita poderia fazer menos barulho? - Retirou o cigarro de sua boca e então o fechou em sua própria mão, apagando-o.

Dar ouvidos a uma pessoa totalmente desconhecida seria complicado, mas isso apenas dependia da decisão da garota. - Então quer se juntar a tropa de cavaleiros? Me siga se estiver disposta a tentar. - Em passos lentos o mesmo avançou a frente e prosseguiu rumo ao corredor que levaria a comunal.

NPC:

Eu fiquei realmente surpresa, as pessoas daqui são muito diferentes do que eu imaginava, eu não pensei que em maioria seriam tão normais, mas agora estou me achando estranha, mas existe a possibilidade de que eu seja normal e eles estranhos... porém talvez nenhumas delas seja a verdade, estranho e normal pode ser algo sem definição exata...

Já nem conseguia imaginar como seria mais pra frente, eu apenas segui o homem.

Depois de um tempo eu pensei que isto estava sendo "fácil demais" e perguntei ao homem.
-Hey! Senhor, só por dúvida, terá algum tipo de teste? Se for surpresa ou algo assim não precisa me responder, mas sei lá, isso está tão simples que chega a ser estranho...

Claro, talvez tivessem posições diferentes lá e então eu iria para a mais simples, assim não precisaria de teste para isso, mas eu não achava que era esse o caso.

Ele virou de costas e então encarou a garota, ela realmente tinha uma ideia muito errada sobre as tropas de cavaleiros do conselho.

- Teste? Bom, o teste é você ficar viva em sua primeira ordem recebida. - Prosseguiu caminhando pelo corredor. Alguns cavaleiros passariam entre os dois, seguiam com a marcha e nem ao menos desviavam seu olhar.

O salão que se abria a frente estava lotado, cavaleiros caminhavam por todas as partes, mas isso não era o foco central da coisa. O homem que acompanhava a garota parou e então cruzou seus braços. - Veja só... Todos que estão aqui passaram por meu treinamento, são guerreiros que servem diretamente a Fiore e lutam pelo bem desta. - Olhou para o lado buscando encontrar a feição da ruiva. - Você deve ter um bom motivo para querer se juntar a ordem, não está afim de compartilhar? - Permaneceu parado em sua posição, queria receber uma resposta justa por parte da garota.

NPC:

Ele perguntou a última pergunta que eu gostaria de ouvir...

Estava em dúvida do que responder, eu não podia simplesmente mandar um "Por obrigação eu acho...", então fiquei um tempo pensando.
-De certa forma eu acho que tenho um motivo, talvez não um bom motivo, afinal não é grande coisa, mas eu tenho certas dúvidas do que seria a minha definição de "bem" e de "mal"... e até se o conselho seria do bem ou do mal. - Eu parei de falar por um tempo e depois continuei -Porém, claro, eu posso ter ouvido apenas mentiras, eu tinha 10 anos, eu acreditava em tudo e a pessoa que me deixou nessa dúvida não era muito confiável...

Eu fiquei olhando para o chão por um tempo e pensando que mesmo que eu não goste muito de falar a verdade, talvez ajudasse falar agora.
-E bem... obviamente ninguém iria vir aqui só por isso, eu também falei para o meu tio que iria vir pra cá se ele me ensinasse magia... e agora eu estou aqui, então pode se dizer que pelo menos eu tenho palavra, certo?
É tão difícil falar que eu tenho palavra ou que sempre cumpro o que digo sem rir...

Em silêncio o homem prosseguiu ouvindo as palavras que a jovem tinha para lhe dizer, de fato a mesma possuía convicção e honra, afinal havia prometido algo grandioso em troca dos ensinamentos de uma magia. Poderia garantir que o homem que havia feito o trato com ela possuía as melhores intenções, afinal o conselho é e sempre será o órgão de maior importância para Fiore, caso contrário a paz não poderá ser mantida; pelo menos assim pensava.

- O certo seria lhe direcionar diretamente para a Senhora Catheryna, mas creio que a Presidente não esteja disponível no momento. - Amassou a pequena bituca de cigarro que ainda mantinha sobre sua mão e a jogou dentro de um vaso de planta. - Serei breve contigo, tenho algumas coisas para resolver e então preciso adiantar isso aqui logo. - Elevou suas mãos para dentro de seu bolso e começou a procurar mais um cigarro, o que por via das dúvidas não encontraria.

O juramento é a parte essencial que todo Cavaleiro deve prestar, manter a honra deve estar acima de tudo, alem disso o povo precisa saber que diante da presença do um membro do conselho ele estará em completa segurança. Aqueles que uma vez desobedecem ou deserdam com suas responsabilidades são severamente punidos. Todos sabiam disto, esse era o código rígido que o conselho mantinha e o que o tornava algo tão grandioso.

Preocupado com a falta de seu fumo o oficial do conselho se virou, permaneceu encarando a ruiva de frente e então puxou um pouco de ar para dentro de seus peitos, brevemente exalou um pequeno suspiro. - Você como juramentada pela santidade do Conselho Magico, abraçada pelas asas daqueles que regem em nome da paz e sujeita a manter a ordem independente da situação, jura servir a presidente Catheryna Sforza e apenas esta? Tudo o que precisa fazer para confirmar é me estender sua mão esquerda e ajoelhar-se em nome de sua nova líder. - Disse em um tom autoritário, sua voz mudará a ponto do mesmo recitar palavras que parecessem sagradas para si.

NPC:

Ao ouvir o que o homem disse, eu pensei que então realmente existem chances do que aquele prisioneiro me disse ser verdade... mas mesmo se fosse, agora eu já penso que não existe nada totalmente "bom" ou totalmente "mau".

Eu apenas fiz o que o homem me mandou fazer para confirmar minha escolha, sem falar nada. Afinal, eu não tenho o que perder com isso... bem, talvez a vida se eu fizer besteira, mas aí será por minha causa.

A jovem se ajoelhou, tocou a mão do homem e brevemente uma pontada se fez por todo seu corpo, aquilo era inusitado, talvez pensasse ter sido traída, mas foi totalmente ao contrário.

Lentamente a marca dos Cavaleiros se formava sobre a mão da jovem, destacando uma tonalidade azulada e o formato de uma cruz. Bem, agora ela era uma recruta, teria de cumprir ordens para subir em seu posto e progredir ali dentro; isso se conseguisse retornar viva de suas tarefas é claro.

- Você será um ótimo soldado, Ruiva. - O homem disse recuando com sua mão e fazendo um gesto para que a mesma se levantasse. - Bem, pode trazer suas coisas para cá... Terá de se instalar no conselho até que conclua suas primeiras ordens. Não tenho muito tempo para esclarecer as duas dúvidas, estou ocupado com uma coisa e preciso ir... Procure por alguém, o pessoal daqui é gente boa. - Levantou sua mão direita e então fez uma contingencia, assim virou as costas e andejou em meio a multidão de cavaleiros que havia por ali.