O Caminho para a Escuridão ~ Parte I

Demônios

~ O caminho na escuridão

HP : 60
MP : 90

Malefic

 Tartarus

Aquela presença demoníaca não passava de mais um qualquer envolto em um mar de semelhantes, um garoto solitário que buscava a profanação da raça humana, não era o único, afinal aqueles que ainda lutam pela supremacia de sua raça nem mesmo visam frequêntar o mesmo salão que um reles humano. Aquele pântano tinha algo muito alem de suas estradas lamacentas e árvores mortas, uma mansão de paredes negras envolta de portões de ferro pontiagudos e uma imensa Irlanda com flores mortas que dava entrada a um jardim com um cenário totalmente gótico e obscuro.
 
Tartarus, a guilda ao quais as pessoas nem ao menos faz idéia de sua existência, os relatos que existem atualmente sobre esta são poucos, algumas informações sobre batalhas passadas contra uma organização de demônios estão registradas no prédio do conselho, mas esses não demonstram interesse nesses seres.
                                                                   
Um estrondo se fez no momento em que o garoto se aproximava da estrutura, uma sombra se fez ainda mais por trás deste, mesmo que o sol não se estendesse com êxito na área a iluminação não deixaria falhas. – Perdeu alguma coisa? – Uma voz feminina se levantou diante do barulho de som sendo cortado constantemente.

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@Lilah

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 Tartarus

No momento em que teve o vislumbre da aparência da mulher o garoto pode presenciar a imensa aura negra que essa emanava, a energia negativa que simplesmente saia por trás de todo  o ethernano era gigantesca, tal fato seria o suficiente para fazer aquele pobre demônio se curvar sem que a mesma simplesmente lhe pedisse. Sua estatura era alta, seu corpo era totalmente desenhado e suas aparências demoníacas lhe davam destaque, duas imensas asas saiam da parte inferior de suas costas, as mesmas batiam consecutivamente mantendo a mulher sobre o ar, mais duas pequenas asas partiam de um pouco acima, porem essas nem ao menos saiam do lugar, um par de chifres era notório em sua cabeça, alem de certas marcas espalhadas pelo restante de seu corpo.

Um sorriso se fez na face da mesma, as palavras que aquele jovem inexperiente demonstrava eram como música para aquela mulher de aparência diabólica. – Vingança, ódio, medo... Acho que você perdeu tudo isso. – Aos poucos começou a cessar com os batimentos de suas asas, seria levada até o chão em poucos instantes. – Me acompanhe e então lhe mostrarei uma maneira de encontrar isso. O verdadeiro mundo está na frente de seus olhos, você só precisa enxergar com mais clareza. – Manteve o sorriso cínico em seus lábios, prosseguiu com seus pés sobre o solo e andejando em direção a imensa construção desfocada em meio à imensa névoa que cobria a pântano.

O jovem demônio não sabia ao certo as intenções ou origens daquela mulher, porem ela conseguia saber que a mesma era uma semelhante, o tal poderia encontrar uma variedade dos mesmos pela área, afinal estava em um território sem leis.

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A mulher prosseguiu a frente, trilhava o caminho como se o conhecesse como a palma de sua mão, era simplório para a mesma identificar até mesmo onde havia brejos espalhados por toda a divisão do pântano. Sobre o canto direito das costas da mulher uma marca negra reinava, essa era revelada por trás das rendas de seu vestido, provavelmente a mesma pertencia a uma guilda.

Logo a frente a figura do casarão se tornava mais clara, poderia observar janelas acesas por dentro da mesma, nas sacadas habitavam figuras misteriosas, o clima que aquilo emanava era ainda mais pesado que o partia da mulher, de fato o jovem demônio estava de frente com uma força ao qual jamais havia sequer imaginado, mas não sabia de onde aquilo vinha.

- Não tenha medo, por aqui você estará perto de seus semelhantes. – Ditou a mulher após abrir o imenso portão de ferro que direcionava para um caminho de pedras polidas, seguidamente poderia se atingir três degraus que davam direto as portas duplas do casarão. A mesma não esperou, continuou com seus passos e apresentou-se a pequena varanda que direcionava sobre a porta.

Um rangido se fez, um feixe de luz começou a expandir-se de dentro para fora, as portas de carvalho com algumas formas triangulares talhadas simplesmente se abriam e revelaram a figura de um homem alto. – Senhorita Kazeth, bem vinda de volta. – O mesmo se curvou, deslizou seu braço direito rumo à altura de seu estomago.  Aquele ser era requintado, possuía óculos escuros arredondados, trajava um termo laranja listrado e exibia uma calda branca que se moveria continuamente logo atrás de seu corpo. Diante da recepção do mesmo não houve nenhuma palavra da mulher, a qual simplesmente o ignorava e adentrava sobre o salão da guilda. – Pode entrar garoto, fique a vontade. – Balançou sua cabeça ao notar a presença do pequeno.

Por dentro do hall central da guilda havia uma diversidade de seres demoníacos, esses não demonstravam estar se divertindo ou fazendo qualquer outra coisa como nas guildas normais, eles deslocavam-se de um lado para o outro e focavam-se apenas em livros antigos e empoeirados. A mulher parou no meio do caminho, virou para o jovem e então lhe encarou. – A pergunta é simples, você quer se juntar a Tartarus? Nós demônios precisamos lutar pela causa de nossa raça, iremos extinguir o domínio humano e então trazer os tempos do grandioso mago negro novamente a ativa. – Ditou a mesma após notar os interesses que o garotinho possuía.

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 Tartarus

Com alguns passos para frente à mulher completou o caminho que faltava para se aproximar do garoto, elevou sua mão direita e então a focou sobre seu pescoço. – Vejamos...– Lentamente subia seu indicador contornando a região de seu maxilar. – Espero que não desaponte, a senhorita não é muito tolerante com aqueles que não cumprem o que prometem. – Esbanjou o sorriso sínico ao qual já vinha fazendo há muito tempo, seus olhos focavam-se totalmente nos do garoto, sua alma parecia estar sendo engolida por um mar de chamas que tornava tudo mais torturante.

Os demônios sempre mantiveram hierarquias em suas ordens, nunca foram totalmente desregularizados e desprovidos de ética como todos os humanos insinuam que estes sejam. A Tartarus não só é a guilda das trevas que causa maior impacto como também é aquela que rege de um poder grandioso e incontrolável; até mesmo certos magos negros buscam distância aqueles que se intitulam demônios das artes escuras.

Mais alguém estava para entrar na irmandade, aquele era um ato de vitória para todos aqueles seres demoníacos, afinal estavam conseguindo se reunir para completar e estimular sua supremacia diante do mundo. Kazeth subiu seus olhos, encarou o homem de terno alaranjado logo atrás e rapidamente recebeu o consentimento da mesma. – Prefere a marca a onde? – Sussurrou para o jovem ainda mantendo sua visão no ser que agora andejava ao seu encontro.

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A mulher que estava próxima do jovem se afastou após ouvir suas palavras, parecia ter o reconhecimento do quanto ele precisava daquilo, obviamente seus objetivos seriam egoístas e voltados apenas para seu progresso; em maioridade os demônios sempre tendem a ser assim. Kazeth cruzou seus braços e então permaneceu encarando a cena que agora ocorria bem a frente de seus olhos.

O demônio de terno se aproximava então, depositaria sua mão esquerda acima do ombro do jovem e enviaria um olhar para a mulher, essa que simplesmente o respondia como se já soubesse a dúvida do mesmo. – Lado esquerdo do peito... – Repetiu as palavras que o garoto havia dito. Diante de um simples levantar de suas sobrancelhas o demônio deu um pequeno tapa sobre o ombro do garoto e contornou a região onde o tal situava-se, ficou de frente ao tal.

Algo de estranho havia com aquele demônio, ele não liberava uma energia tão poderosa como o resto de todos ali, ela demonstrava ser mais sereno, porem era misterioso e vago. Existem teorias de que grandes magos conseguem ocultar seu poder mágico por possuir o mesmo em excesso, elevando o tal de uma maneira tão grandiosa que aqueles com pouca experiência não conseguem o perceber de jeito nenhum. Ludin era o nome do ser, ele trabalhava como um servente que cuidava dos diversos assuntos dentro da guilda, servia como um segundo mestre quando a grande senhorita encontrava-se fora.

– Talvez isso doa um pouco. – Recuou com sua mão direita e então ajustou seus óculos, se curvou um pouco para que conseguisse ficar um pouco mais a altura da região peitoral do garoto e brevemente apontou seu indicador esquerdo contra o tal. – Pense nisso como uma forma de selar seus laços com a sua nova casa, é inesquecível. – Após concluir com exatidão um feixe azul escuro partiu da ponta de seu dedo, a matéria simplesmente debateu contra o corpo do jovem e começou a transformar-se em uma mancha. Por mais que fosse em pequena escala uma dor seguia pelo corpo do garoto, sentia agulhadas na região e sua cabeça doía; esses eram os efeitos colaterais da coisa. Ludin recuou, debateu suas mãos sobre o tecido de sua calça e deu um passo para trás. – Agora você possui a marca da guilda, isso torna você um novo amigo. Chamo-me Ludin, prazer. – Abaixou sua cabeça como se realizasse uma pequena reverência. – A marca irá se concretizar em alguns instantes, ela se ajusta conforme seus pensamentos e gostos... Cor, tamanho, é tudo um pequeno mimo. – Do outro lado do salão alguém levantava sua mão, rapidamente os olhos do demônio correram para a região e com prontidão o tal deslocou-se com passos lentos rumo ao tal.

Uma voz chamou a atenção do garoto, fazendo-o lembrar que a mesma ainda estava por ali. – Bem, você está livre para fazer o que quiser agora... Tenho algumas coisas para fazer, qualquer coisa consulte Ludin. – Sem explicações deu as costas para o jovem e seguiu diante do jogo de escadas que abria ramificação para dois lados diferentes na parte de cima.

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