A ascensão pela redenção.

Assim que o homem projetou a voz, ele esperou que alguém respondesse, no entanto, durante alguns longos e abrasadores minutos, não houve sinal de resposta, parecia até que o local estava completamente vazio, abandonado. No entanto, algo foi possível ser escutado, talvez fosse algo nos arredores, porém o som repetiu-se, vinha do interior da nave pousada na areia, parecia o som de metal a bater em metal, um som peculiar para a situação.
Subitamente, um som de correntes surgiu e entoou perante todo o local, a única entrada da nave começou a abrir, era uma porta elevadiça de metal, aos poucos ela baixava revelando uma rampa cinzenta assim que encostasse no solo arenoso. Era impossível ver o interior da nave, a escuridão era demasiada, a parte superior da nave também não ajudava, conseguia cobrir parcialmente a rampa com a sua sombra.
- Ora, ora, o que é que nós temos aqui? - disse uma voz feminina e carregada de sinismo proveniente das sombras do edifício, ela caminhava lentamente, certificando-se que cada vez que batia com as suas sandálias na rampa, era escutada. Gradualmente, esta iria descendo a rampa revelando lentamente a sua imagem completa, umas calças negras, uns suspensórios, uma mulher. Esta possuia cabelos azulados e uma estatura pequena, segurava os suspensórios negros das suas largas caças, todavia, a característica que mais saltava à vista, era a face, os grandes olhos combinando com o sorriso sinistro e macabro davam um charme estranho e assustador à sujeita, esta, levanta as sobrancelhas e diz assim que chega ao final da rampa:

- Oi oi queridinho, eu sou Adhara. - faz um pequeno gesto com a mão direita, abanando os seus finos dedos como um gesto de boas-vindas falso - Entre, terei todo o gosto em ajudá-lo... - ela vira costas mantendo o sorriso estampado na cara e sobe a rampa, aguardando que o outro a seguisse para o interior.

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